Muito tem se falado sobre parto
humanizado nas mídias em geral, mas noto que algumas futuras mamães e
familiares ainda tem muitas dúvidas a respeito.
Ouço muito familiares e amigos
dizendo: “Mas minha filha (mulher, sobrinha, irmã) não vai sofrer muito nesse
tipo de parto?”, “É loucura, para que passar dor em uma época que temos tantos
recursos”.
Então, vamos lá desmistificar o
significado de parto humanizado.
O primeiro mito é a associação
que o senso comum faz de parto humanizado e dor, isto é um erro. A dor não está
associada ao parto humanizado e vice-versa.
O parto humanizado está associado
ao fato da mulher ter direito a escolha e ter uma posição ativa durante o
processo de nascimento do bebê. Olhar por esse viés, significa perceber que o
parto é um processo natural e fisiológico, e que por isso, devem ser evitadas
intervenções desnecessárias.
É preciso lembrar que quando
fala-se em parto humanizado, está se falando em todo um processo, e não somente
no ato de parir.
Processo este que permiti a
gestante ter acesso a atendimento de qualidade e digno durante o pré-natal ,
parto e puerpério.
Por ser um processo que preconiza
um mínimo de intervenções médicas ou apenas as autorizadas pela gestante, é
preciso que a mãe e o bebê estejam saudáveis sem que seja necessário cuidados
extras.
Enfim, o parto humanizado é
aquele que permite que a mãe esteja ativa durante todo o processo, deixando a
encargo dela se a mesma vai querer algum tipo de intervenção, se vai querer ter
o seu bebê na água, de cócoras, deitada, em casa, em uma casa de parto, em um
centro obstétrico, etc.
Aos familiares cabe ter uma
escuta atenta aos desejos da mãe e apoia-la, sem pré-julgamentos ou relatos de
situações que podem atrapalhar ao invés de ajudar. E a mãe cabe a consciência
de abraçar essa decisão como escolha pessoal, com toda emoção e desconforto que
surge em qualquer processo de parto!
O melhor parto será sempre o que
for melhor para a mãe e o bebê. Muitas vezes por questões diagnosticadas de
risco de saúde para a mãe ou para o bebê, não é possível essa opção de parto
sem ou com o mínimo de intervenções médicas. Mas, mesmo nesses casos, a mãe
pode conversar com o seu obstetra sobre medidas que podem ser usadas para que o
parto seja o mais humano possível, como por exemplo, permitir um acompanhante
durante o processo. Essa atitude pode deixar a mãe mais segura e diminuir a
ansiedade na hora do parto.
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