Muitas mulheres após a chegada do bebê, e durante os
primeiros meses, queixam-se de uma sensação de estranheza e quase não
pertencimento em relação aos seus corpos.
“Não tenho mais a barriga de grávida, mas também não tenho o
corpo que tinha antes de engravidar”.
Essa sensação, muitas vezes, traz inseguranças nas mamães, diminuindo a autoestima
e até o prazer de estar com seu bebê.
As mudanças físicas são inegáveis, e é até importante que as
notemos, não com um olhar de critica, mas de reflexão. O corpo vem nos falar a
partir das mudanças físicas o que, em determinados momentos, não conseguimos
ouvir claramente no emocional.
Essa diferença que as mães costumam perceber e relatar para
os maridos, familiares e até a equipe médica, também têm uma estranheza
emocional. Não é só o corpo que mudou e precisa encontrar um novo ritmo, o
psicológico também.
Se adaptar a novos papéis, se identificar com novas posições
sociais, e se ver responsável por um ser tão frágil e dependente causa muita
estranheza mesmo.
São nove meses de um “acostumamento” com a barriga, com os
movimentos do bebê, com uma sensação de certo controle diante de todas as mudanças...E
ai vem o parto, o choro, as identificações com as necessidades do bebê e sua
dependência, e muitas vezes tudo isso vem acompanhada de um medo do “será que
vou dar conta?”
É como se o espelho estivesse dizendo “Ei, agora você é mãe.”
E isso requer uma adaptação, física e emocional. O espelho e
o seu corpo não estão dizendo que você ficará com está barriga para sempre ou
que agora que é mãe não precisa valorizar mais sua fisionomia, pelo contrário,
só estão dizendo que a trajetória mudou e que você precisará de um tempo para
se adaptar com você e com seu bebê!
Está adaptação independe de ser o primeiro ou o quinto filho, pois com cada nascimento de um filho também nasce uma nova mãe!
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