sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cadê o bebê? A ansiedade da espera para a gravidez

Desde pequena a menina é ensinada que daqui um tempo exercerá a maternidade, são entregue bonecas que parecem bebê e todo o kit necessário para exercer os cuidados de maternagem. A menina escolhe os nomes dos seus filhos, que ainda são imaginários, quantos serão e o que esperar deles em sua vida.
Chega à fase adulta e iniciam-se as cobranças, as vezes dos familiares, da sociedade, do relógio biológico e de si mesma. “Casou? E ai, quando vem o bebê?”.
Essas cobranças só aumentam a ansiedade da futura mãe. Querer engravidar é uma necessidade que muitas mulheres irão sentir ao longo da sua trajetória de vida, e já se sentirão cobradas internamente para a realização desse desejo, que não iniciou agora, mas sim há muito tempo atrás. Antes de o casal engravidar o bebê já existia em seu imaginário.
Pensar nisso é um convite para trabalhar as exigências internas e externas da preparação para engravidar, e assim diminuir a ansiedade da espera.
Você deve estar pensando: “Tá, fico nervosa e ansiosa com essa espera, mas o que isso pode atrapalhar fisicamente para que eu engravide?”.
Hoje, já é sabido que a ansiedade influência o sistema hormonal da mulher, fazendo com que o cérebro produza substâncias capazes de alterar as funções reprodutivas como a ovulação.
Enquanto psicólogas, não vamos falar para você simplesmente relaxar que as coisas acontecerão naturalmente porque sabemos que não é tão simples assim como gostaríamos que fosse. Mas, algumas mudanças poderão ajudar a controlar a ansiedade.
A primeira delas é que o casal tenha um diálogo aberto. É importante que ambos esteja em harmonia e possam dividir um com o outros os seus pensamentos e sentimentos a respeito do assunto. Ter uma boa conversa com o companheiro, ajuda a tirar a responsabilidade que, muitas vezes, se encontra apenas sobre os ombros das mulheres, pois a tendência é que a mulher pegue para si toda responsabilidade sobre engravidar ou não e em que momento isso ocorrerá.
Compartilhar com outros casais também é uma possibilidade de alívio dessa ansiedade. Em muitos casos, é possível ver que há outras pessoas que enfrentam ou enfrentaram as mesmas dificuldades que nós e isso auxilia quando nos damos conta que não estamos sozinhos e que há uma série de possibilidades e alternativas para resolver a questão.
Outra coisa é realizar atividades que não tenham como foco unicamente a gravidez ou o futuro bebê, pois isso tende a aumentar a ansiedade. É importante que a mulher e o homem tenham outros focos de interesse para que a gravidez venham em um contexto de mais naturalidade.
É importante também que o casal pare para avaliar esse desejo de engravidar. É mesmo um desejo de ambos ou tem mais a ver com a tal da cobrança interna e de familiares? É o momento em que ambos estão preparados para lidar com tantas mudanças advindas da gravidez e de um futuro bebê?
Ter um bebê não é apenas ter relações sexuais e aguardar o resultado. Envolve toda uma preparação emocional do casal que enfrentará diversas alterações na dinâmica familiar e para isso, precisam estar se sentindo prontos para lidar com o que vier. Isso se torna mais fácil quando o casal está em harmonia e conseguem decidir e enfrentar essas questões juntos.
Porém, se mesmo assim a ansiedade só aumenta e há muitas dificuldades para engravidar, é necessário buscar ajuda de um profissional de psicologia, para que assim, juntos vocês possam descobrir as causas dessa ansiedade e como fazer para controlá-la e atingirem o objetivo de ter um bebê!

Você já passou ou está passando por esse tipo de situação? Tem uma história ou dica que possa compartilhar conosco e com outros casais que possam estar passando pelas mesmas dificuldades? Tem alguma dúvida ou gostaria de compartilhar o que está sentindo? Escreva um comentário divindindo sua experiência!


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