sexta-feira, 17 de junho de 2011

Depressão pós-parto masculina? Existe e precisa de atenção!

Assim que a mulher descobre que está grávida e comunica seu parceiro e demais familiares, se inicia um processo de cuidados e atenção à gestante e ao bebê. A primeira providência tomada geralmente é a busca por um acompanhamento Pré-Natal em que serão feitas consultas médicas periódicas, realização de exames e encaminhamentos para outros profissionais como fisioterapeutas obstétricos, psicólogos obstétricos, nutricionistas e etc.
De um dia para o outro, a mulher e o bebê em formação na sua barriga tornam-se o centro das atenções das famílias, amigos, companheiros de trabalho e vizinhos. Todos ficam na expectativa da chegada do novo bebê, fazem planos e imaginam situações futuras.
Quando o bebê chega todos são tomados de imensa felicidade, porém os recém papais e mamães precisam lidar também com as intensas mudanças que essa chegada implica. A rotina e dinâmica familiar se transformam. Os horários, os programas de fim de semana, o relacionamento do casal, tudo está diferente!
Todas essas mudanças geram exaustão nos pais. Na mulher, por ter que cuidar de um recém nascido que necessita dela constantemente durante o dia e durante a noite, além de também realizar outras tarefas em casa. No homem por ter a missão de trabalhar para prover para a família e ainda ter que auxiliar em casa nos cuidados com o bebê, além de dificilmente conseguir dormir uma noite completa por causa dos eventuais choros na madrugada.
Focando mais na questão masculina, esse estado de exaustão pode fazer com que alguns pais sintam dificuldade de lidar com esse período do puerpério. Junto com o cansaço físico podem vir o sentimento de impotência e incapacidade, pois há a sensação de que a função masculina de cuidar da família está prejudicada pelo esgotamento.
Juntamente com isso, muitos lidam com a falta de atenção da esposa, que agora fica a maior parte do tempo cuidando do bebê e pouco sobra do seu tempo para dar atenção ao companheiro. As atenções da família também estão todas voltadas para o bebê e para a mulher que acabou de parir e agora cuida e amamenta. Nesse contexto o homem pode se sentir excluído do processo e pode começar a demonstra o cansaço excessivo, pessimismo, tristeza profunda, desânimo e etc. Pode também começar a ficar muito ausente de casa, com saídas freqüentes, horas extras no trabalho e excesso de exercícios físicos, demonstrando de alguma forma seu desconforto ao buscar satisfação em outras atividades.
Esses são sinais importantes que apontam para uma possível depressão pós-parto masculina se permanecerem por mais de duas semanas consecutivas e é preciso estar atento para evitar o agravamento da situação. Caso a mulher ou familiares percebam as mudanças no comportamento do homem nesse período, é imprescindível que conversem com ele a fim de auxiliá-lo nesse processo. Se esse auxílio não for suficiente, é importante que seja procurada uma ajuda profissional, de preferência no início do quadro, para que a situação seja revertida o mais rápido possível!

Você já tinha ouvido falar de depressão pós-parto masculina? Conhece algum caso? Tem dúvidas ou gostaria de compartilhar conosco suas experiências? Escreva um comentário para nós ou mande um e-mail para cabecademae@hotmail.com


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