terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Quando posso deixar meu (minha) filho (a) ir para casa de outras pessoas para dormir?

Muitas mamães chegam ao consultório com essa dúvida, de qual a melhor idade para deixar seu bebê
passar um período noturno longe delas.
Para que as mães e os pais entendam essa questão e possíveis soluções, irei relatar três fases do desenvolvimento emocional do bebê e as necessidades deste em cada fase, quando compreendemos essas necessidades podemos fazer escolhas mais positivas para os filhos.
Durante os primeiros cinco meses do bebê, ele encontra-se totalmente dependente dos cuidados maternos, sem claro ter consciência disto, o bebê nesta fase tira proveito dos cuidados que recebe da mãe, ou sofre perturbações por suas necessidades não serem atingidas.  O bebê não consegue diferenciar o que é bem ou mal feito pela mãe, ele só consegue perceber se suas necessidades foram preenchidas ou não, quando eu falo de necessidades preenchidas, estou falando de amamentação, sonecas sem interrupção, e o aconchego por assim dizer. Nesse período, é fundamental que o bebê tenha uma pessoa fixa cuidando dele, pode ser pai, mãe, avó, empregada, mas é importante que o cuidador principal seja sempre a mesma pessoa. Por quê?

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Quais questões emocionais podem envolver a infertilidade?

Filho é um projeto de vida da maioria dos homens e mulheres, que tendem a significar maturidade
emocional, desenvolvimento pessoal além, é claro, da cobrança da sociedade. Você casa e logo um monte de gente que convive com você começa a perguntar “quando vem o bebê?”.
A dificuldade de engravidar do casal causa na mulher e no homem sentimentos como: medo, ansiedade, tristeza, vergonha, frustração, sentimento de menos valia, e tudo isso pode ser um grande desencadeador de estresse.
Todas essas emoções e sentimentos referentes a infertilidade podem ocasionar problemas para o individuo, para a relação conjugal, e até mesmo na relação com seu ambiente (sociedade).
Quando a problemática da fertilidade chega, com ela chegam também conflitos não resolvidos no presente e no passado, podendo ocasionar uma crise de identidade e diminuição da autoestima, tanto do homem quanto da mulher.
Por estes motivos, os casais que estão enfrentando esta problemática precisam do olhar do médico, do psicólogo, e do apoio social para que consigam passar por este momento de uma maneira menos pesada.

É muito importante que quem esteja por perto do casal, familiares e amigos, não faça cobranças relacionadas a gravidez e nem tente minimizar a problemática propondo soluções de barganha como “ah, adota que ai você engravida”. Esse tipo de comentário só tende a deixar o casal mais apreensivo, o melhor neste momento é apoiar o casal, estando do lado, sem necessariamente precisar falar, mas sim ouvir. 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Minha mulher está cheia de desejos, ela quer chamar a atenção?

Muitos maridos ficam extremamente incomodados com os desejos que suas esposas têm no período
gestacional, e logo vem algumas interpretações como: “ELA QUER CHAMAR ATENÇÃO”.
Nem sempre os desejos que as grávidas expressam são uma necessidade de chamar a atenção, isto de fato pode acontecer, quando os desejos estão relacionados a coisas muito  extravagantes.
É fato que, a mulher no período gestacional necessita de mais atenção. E muitas vezes os “desejos” estão encobrindo esse pedido, isto não significa que os maridos estão sendo omissos, mas sim, que a mulher neste período fica regredida e por mais participativo que o marido esteja sendo, ela vai solicitar mais atenção.  Claro, que não podemos generalizar, e que isso tudo também dependerá das características de personalidade da futura mamãe.
Porém, essas solicitações se forem frequentes podem deixar o marido emocionalmente esgotado, por surgir um sentimento de impotência em conseguir satisfazer a mulher, e então, a relação conjugal pode sofrer com isto. Por isso, é sempre importante que exista um diálogo aberto entre o casal, para que ambos possam compreender o que os “desejos” podem estar encobrindo.
Lembrando que, está é uma visão psicológica sobre a questão do desejo, existem teorias que o relaciona com questões de superstições, carências nutricionais, embotamento do paladar e do olfato, entre outras.
E você, qual desejo já teve que realizar para sua mulher grávida?


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Meu bebê é especial, e agora?

Toda mulher tem receio que o seu bebê tenha algum “probleminha”, mas isso na maioria das vezes fica só no
campo da fantasia. Receber o diagnóstico de uma malformação em seu bebê altera o fluxo natural desse período, e o que até então estava no campo da fantasia vira realidade.
Essa alteração compromete a estabilidade emocional da mãe, do pai, e dos demais membros da família envolvidos no processo.
Com o diagnóstico de malformação, a gestante se vê permeada de sentimentos contraditórios. Esses sentimentos e emoções devem ser observados com cuidado pelos obstetras, pois, muitas vezes, a gestante se nega a fazer algum procedimento terapêutico não pelo fato de não querer, e sim por estar vivenciado um momento de ambivalência. Por isso, a necessidade de se repetir as explicações, explicar de uma nova maneira, até que se perceba uma elaboração por parte da mamãe.
Grande parte dessas grávidas têm preocupações relacionadas a relação conjugal e medo de ficar grávida novamente, neste momento todo o apoio do pai e familiares é muito importante.
Após o diagnóstico o pai se sente impotente por não poder proteger sua esposa e filho de tal situação dolorosa, também é preciso que o pai seja apoiado pela família e amigos, para que assim consiga dar suporte a mãe.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Parto Humanizado: o que é?

Muito tem se falado sobre parto humanizado nas mídias em geral, mas noto que algumas futuras mamães e
familiares ainda tem muitas dúvidas a respeito.
Ouço muito familiares e amigos dizendo: “Mas minha filha (mulher, sobrinha, irmã) não vai sofrer muito nesse tipo de parto?”, “É loucura, para que passar dor em uma época que temos tantos recursos”.
Então, vamos lá desmistificar o significado de parto humanizado.
O primeiro mito é a associação que o senso comum faz de parto humanizado e dor, isto é um erro. A dor não está associada ao parto humanizado e vice-versa.
O parto humanizado está associado ao fato da mulher ter direito a escolha e ter uma posição ativa durante o processo de nascimento do bebê. Olhar por esse viés, significa perceber que o parto é um processo natural e fisiológico, e que por isso, devem ser evitadas intervenções desnecessárias.
É preciso lembrar que quando fala-se em parto humanizado, está se falando em todo um processo, e não somente no ato de parir.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Bebê chegou em casa, e o sono veio também?

Quem nunca ouviu aquela famosa frase da vovó: “tem que comer e dormir para crescer”
Pois é, o ruim nessa história é que os pais acabam padecendo com o sono ou a falta de, dos pequenos.
Quando o bebê nasce, os ciclos de sono que ele tem estão relacionados com suas necessidades. E quais são as necessidades que um recém-nascido possui? Comer, dormir, receber carinho, não nesta mesma ordem, mas com muitas muitas repetições dessas necessidades ao longo do dia e da noite. O sono do bebê não é regulado como o nosso em relação as alternâncias de claro ou escuro, mas sim das sensações de saciedade e de fome.
Quando estão com as suas necessidades supridas tendem a dormir cerca de duas a cinco horas, depois acordam, e este movimento é retomado ao longo de todo o dia, em média os recém-nascidos dormem de 16 a 21 horas, segundo pesquisas cientificas.
Os pais só irão conseguir dormir um pouco melhor, quando o bebê estiver em média com uns seis meses de vida, pois nessa fase a necessidade de se alimentar não é tão urgente quanto nos meses anteriores.
Porém, desde o inicio os pais precisam ensinar seus filhos a dormirem corretamente para não terem maiores problemas no futuro.  Mas como fazer isso?

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Primeira Consulta de Pré-natal

Olá Leitores,
Está é a novidade que estava prometendo para vocês.
A Jacira, irá nos acompanhar aqui no blog para que fique mais fácil e mais didático a apresentação de várias dúvidas que percorrem todo o processo de gravidez, pós parto, enfim o processo de ser mãe, pai e família.
A música de fundo é as 4 estações de Vivaldi, algumas pesquisas apontam que ouvir música clássica durante o período de gravidez é ótimo para o bebê.
Espero que gostem, e fiquem à vontade para comentar e colocar suas dúvidas.



domingo, 9 de junho de 2013

Caros Leitores,

Desculpe pelo sumiço, mas em breve trarei mais novidades para vocês.

Gostaria que vocês comentassem sobre temas de interesse ou que tenham dúvidas, e que gostariam de ter maiores informações aqui nesse nosso espaço!

Abraços

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"Ter filhos traz mesmo felicidade?"


É 1 hora da madrugada. Um choro estridente desperta a ex-judoca olímpica Danielle Zangrando, de 33 anos. Desde que levou Lara do hospital para casa, as mamadas a cada três horas impedem o sono de antes. Ela pula da cama e oferece à filha o peito. Depois, troca a décima fralda daquele dia, embala a bebê no colo, caminha com ela em busca de uma posição que a faça parar de chorar. O choro prossegue. Daniele tenta bolsa de água quente e gotinhas de remédio. Nada de o berreiro cessar. Duas horas depois, mãe e filha formam um coro: Danielle também cai em prantos, desesperada. É a primeira cólica de Lara, com 20 dias de vida. O pai, Maurício Sanches, funcionário público de 48 anos, se sente impotente. Está frustrado e desconta a frustração na mulher: “Você comeu algo que fez mal a ela?”. A partir de então, Danielle se privará também do chocolate. Já desistira do sono, da liberdade, do trabalho como comentarista de esporte. Na manhã seguinte, ainda exausta da maratona noturna, retomará a mesma rotina, logo cedo: amamentar, dar banho, trocar fralda, botar para dormir. “Ninguém sabe de verdade como é esse universo até entrar nele”, diz Danielle. Hoje, Lara está com 2 anos. As noites não são tão duras quanto costumavam ser. Mas Danielle e Sanches ainda dizem que ter filhos é uma missão muito mais difícil do que eles haviam imaginado.

Eis um problema: a paternidade, que deveria ser o momento mais feliz da vida dos casais – de acordo com tudo o que aprendemos –, na verdade nem sempre é assim. Ou, melhor dizendo, não é nada disso. Para boa parte dos pais e (sobretudo) das mães, filhos pequenos são sinônimo de cansaço, estresse, isolamento social e – não tenhamos medo das palavras – um certo grau de infelicidade. Ninguém fala disso abertamente. É feio. As pessoas têm medo de se queixar e parecer desnaturadas. O máximo que se ouve são referências ambíguas e cheias de altruísmo aos percalços da maternidade, como no chavão: “Ser mãe é padecer no Paraíso”. Muitas que passaram pelo padecimento não se lembram de ter visto o Paraíso e, mesmo assim, realimentam a mística. Costumam falar apenas do amor incondicional que nasce com os filhos e das alegrias únicas que se podem extrair do convívio com eles. A depressão, as rachaduras na intimidade do casal, as dificuldades com a carreira e o dinheiro curto – disso não se fala fora do círculo mais íntimo e, mesmo nele, se fala com cuidado. É tabu expor a própria tristeza numa situação que deveria ser idílica.

Olá seguidores!

Estou sugerindo está reportagem, pois penso ser um tema não muito discutido na nossa sociedade, e que precisamos refletir um pouco.
Fala-se muito dos aspectos positivos da maternidade e paternidade, e muitas vezes nós enquanto sociedade não deixamos espaço para que os pais (em especial os de primeira viagem) possam discutir sobre seus medos, suas dúvidas e até suas insatisfação na experiência de ter um bebê em casa.
Sentir irritação, cansaço e tristeza diante das situações que são colocadas no dia a dia com os cuidados que um bebê exige não são só sinônimos de depressão ou de que os pais são desleixados. Pode ser também sinal de adaptação de um mundo novo, em que todos têm que se reconhecer e aprender a lidar com o jeito de cada um.
Poder ter um espaço, dentro da família mesmo, para compartilhar as dificuldades desse primeiro período é muito importante para que a ansiedade diminua.
A comunicação é essencial neste momento, dividir a experiência com pessoas que já viveram essa fase é muito importante, ajuda a reconhecer que não estão sozinhos nessa situação e que outras pessoas já passaram por isso e sobreviveram.
Refletir que somos seres ambivalentes contribui para esse período e os próximos que virão, pois assim podemos integrar que faz parte da nossa essência, e que não há nada de ruim, amar profundamente uma pessoa e mesmo assim se irritar  e não gostar de algumas coisas dela, mesmo quando estamos falando em bebês.