quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Atualidades 'Megagrávida' de Taubaté (SP) leva 4 Marias na barriga

A pedagoga Maria Verônica Aparecida Vieira, 25, de Taubaté (SP), está esperando quatro Marias para as próximas semanas, mas só descobriu que a gravidez era de quádruplos um mês atrás.
O primeiro ultrassom mostrou apenas dois bebês. Em outubro, "apareceu" mais um. Pelo tamanho da barriga, porém, a família já desconfiava que vinha mais criança por aí.
Na 34ª semana de gestação (a gravidez dura cerca de 40 semanas), a pedagoga precisa encomendar suas roupas, dorme "quase sentada" e tem dificuldade para andar.
E afirma que fica o tempo todo descalça porque, com os pés inchados, eles "não entram nem Havaianas". Até o momento, Maria Verônica diz ter engordado "apenas" 30 quilos.
SORTE
Dona de uma escola infantil, ela e o metalúrgico Kleber Eduardo Vieira, 37, são pais de um menino de quatro anos, Kauê, e vivem um caso raro.
A probabilidade de uma mulher ficar grávida de quadrigêmeos univitelinos, sem tratamento, como neste caso, é de 1 para 658,5 mil, segundo o obstetra Helvio Bortolozzi Soares, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
De acordo com ele, a gestação é de alto risco porque pode provocar trombose e pré-eclâmpsia (aumento súbito na pressão arterial).
Em gestações múltiplas, diz o obstetra, o mais comum é que os bebês nasçam com baixo peso e prematuros, até a 33ª semana de gestação.
"Ela tem sorte, ultrapassou o limite de prematuridade", afirma Soares. "Se ela fizer um bom pré-natal, há chance de os quatro bebês nascerem saudáveis, mesmo com o peso menor que o normal."
CORES
A pedagoga diz que, durante as consultas semanais, não foi detectado nenhum problema com as filhas.
A cesárea deve ser feita por volta do dia 20. Até lá, ela conta com a ajuda financeira de conhecidos para fazer as compras necessárias.
Quando as Marias nascerem (Klara, Eduarda, Fernanda e Vitória), o casal pretende vestir cada uma com uma cor diferente para identificá-las.
Fonte da reportagem:  www.folha.uol.com.br/cotidiano

Antes de comentarmos esta notícia, gostaríamos de pedir desculpas pela ausência de novas postagens no último mês. Correria de final de ano! Agora já estamos de volta para compartilhar novos conhecimentos com vocês!
Consideramos interessante compartilhar e comentar a notícia da gravidez da Maria Verônica por trazer uma série de questões importantes  que permeiam a gravidez de múltiplos e o puerpério nesse contexto.
Como dito na reportagem, as meninas de Maria Verônica serão gêmeas idênticas no aspecto físico, o que significa que se desenvolveram a partir de um mesmo óvulo fecundado.  Para lidar com as  semelhanças  físicas  das  filhas (pelo menos no início do puerpério), a mãe criou uma maneira de identificá-las a partir da diferenciação da cor da roupa de cada uma.
A estratégia da pedagoga nos parece interessante, pois facilita também a diferenciação de um bebê para outro. É muito importante que mães de múltiplos, sejam gêmeos, trigêmeos, quadrigêmeos e etc tenham em mente que não devem tratar seus bebês de maneira idêntica, mas que devem estar atentas às peculiaridades e singularidades de cada um para assim, tratá-los de maneira única. E o que isso quer dizer?

Significa que após o nascimento (seja de um bebê ou mais) a mãe estará em um momento de descobertas sobre como é seu filho fora da barriga. Ela passará um tempo notando uma marca de nascença, o jeito do cabelo, o jeito de chorar, de dormir, de mamar, entre tantas outras coisas  que a auxiliam a identificar eu filho como único! Além disso, a puérpera também vai notando que eu bebê tem um temperamento ou traços de personalidade que também são singulares. Essa é uma tarefa para a qual a mãe é a pessoa mais apta para fazer, visto que está em contato físico e emocional com o bebê há meses!    
Quando se trata de mães de gemelares, essa se torna uma tarefa mais que essencial! É super importante para o desenvolvimento da personalidade e identidade de crianças, principalmente gêmeas, que as suas singularidades seram vistas e respeitadas  para que possam se desenvolver de maneira saudável.
Outra questão importante sobre a gestação de múltiplos, diz dos aspectos  emocionais que esse tipo de gestação pode acarretar. Como comentado em outras postagens, a gravidez por si só traz diversas angústias, ansiedades e medos. Quando se trata de uma gestação gemelar, tudo isso também pode ser multiplicado! Geralmente, as dificuldades emocionais na gravidez e puerpério de múltiplos estão relacionadas à obrigação que a mãe se coloca em suprir toda as necessidades de seus bebês e o receio de não dar conta dessa tarefa.
A mãe de múltiplos precisa se conscientizar que fará o melhor possível e que mesmo assim, irá fracassar em alguns momentos. Isso faz parte de ser mãe, seja de um, dois, três, quatro... pois estamos falando de mulheres  humanas e não super-heroínas!
Nesse sentido, torna-se essencial a rede de apoio dada à puérpera, visto a sobrecarga vivida por essas mulheres. O auxílio à mulher no puerpério tem como objetivo prevenir transtornos psíquicos, como depressão pós parto e psicose puerperal, mais frequentes  em puérperas de múltiplos. Contar com o auxílio do marido e de outros familiares ajuda a mãe ficar mais tranquila e focada nos cuidados com os seus bebês! 

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