domingo, 20 de maio de 2012

Ultrassom morfológico alterado? E agora?


Uma das maiores expectativas de grande parte das mamães após saberem que estão grávidas, é a espera do primeiro ultrassom morfológico, que se dá entre a décima primeira e décima quarta semana de gestação.  
A expectativa geralmente é grande, pois neste ultrassom é possível avaliar mais claramente a anatomia interna e externa do bebê. Muitas vezes, o resultado alterado neste primeiro exame não significa que o bebê é portador de alguma malformação, mas indica a necessidade de complementar o diagnóstico com outros exames, como o cariótipo fetal, e o ultrassom morfológico de segundo trimestre.  
Quando um segundo ultrassom morfológico ou outro exame diagnóstico confirma a presença de alguma malformação, para a mamãe, papai e familiares receber tal noticia é um choque, pois rompe com a imagem do bebê que se esperava ter.

Diante do diagnóstico, a ansiedade aumenta e a família como um todo costuma ficar mais vulnerável psiquicamente. Neste primeiro momento, é como se todos, em especial os pais, ficassem paralisados emocionalmente, na dúvida se será possível dar conta da situação.   
As grávidas tendem a ter um comportamento de isolamento após saberem do resultado, isto normalmente acontece porque é difícil compartilhar experiências com outras gestantes, por exemplo.
Outro sentimento que é percebido no período gestacional é a culpa. Muitos pais acreditam ter tido alguma atitude errada que poderia ter causado a anomalia no bebê. Este tipo de sentimento gera uma dor inimaginável, e é importante que neste período os pais tenham ajuda de profissionais especializados para compreenderem que grande parte das anomalias não tem relação com comportamentos que tiveram ou deixaram de ter.
Em todo o ciclo gravídico é fundamental que deixemos que a mãe e o pai, exteriorizem seu pesar e sofrimento, isto auxiliará para que eles se sintam melhor e busquem maneiras de enfrentamento da situação, e assim consigam se aproximar e se vincular com seu bebê.
Ter um bebê com algum tipo de malformação exige determinadas mudanças em todos os membros de uma família, isto por si só é causador de angústia, raiva e ansiedade, compreender que é esperado ter essas e outras reações, ajuda também a ver claramente as potencialidades que o seu filho (a) terá. Difícil é, e ninguém vai dizer o contrário, mas dentro das limitações dele (a), ele ou ela terão tantas outras maneiras de estar no mundo e vivê-lo.


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8 comentários:

  1. Oi Elisangela e Juliana
    Minha empresa é aqui do Sul e estamos procurando um programa como o Gerare para as nossas colaboradoras.
    Quero receber mais informações do programa, e se acontece aqui na região de Santa Catarina.
    O blog é muito instrutivo.

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    1. Olá Anônima,

      O projeto Gerare acontece na cidade de São Paulo, mas é provável que existam psicólogos na região Sul trabalhando com pré-natal psicológico também.
      Será postado maiores informações sobre o projeto.
      Obrigada pelo seu interesse!

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  2. Meu ultrassom deu possível sindrome de down.Eu e meu marido estamos muito preocupado.
    Quais mal formação da pra ver no ultrassom? Existe mais exames pra ter certeza de sindrome?
    Não consigo ficar perto de ninguém, estou muito triste.

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  3. Olá Anônima,

    Os sentimentos de tristeza e a necessidade de isolamento nesse período são esperados, você e seu marido precisam desse tempo para conseguirem aos poucos elaborar a notícia que receberam.
    Outro exame complementar do diagnóstico de Síndrome de Down é o cariótipo fetal.
    Seu médico, provavelmente irá explicar as necessidades de realização de outros exames e os cuidados médicos necessários para você e seu bebê.
    Esse primeiro diagnóstico é muito impactante para o casal, procurem tirar todas as dúvidas que tiverem, essa atitude ajuda a diminuir as ansiedades advindas da notícia.

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  4. Li o texto e gostei muito, não é um tema muito comentado nos blogs, e é preciso lembrar que não existe só gravidez normal, há bebês que nascem deficientes e nem por isso são menos queridos.
    Eu tenho uma sobrinha com sindrome de Down, no começo todos se assustaram, mas agora ela é a alegria da família.
    Estou acompanhando o blog porque estou de três meses e descobri que estou com câncer de mama, talvez meu bebê nasça prematuro. Se possível gostaria que vocês escrevessem sobre gestação e câncer. Meu nome é Daniela.
    Abraços para todas

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  5. Olá Daniela,

    A experiência que compartilhou conosco é muito importante, no começo é assustador,como você mesmo disse, mas depois com o apoio da família e das pessoas mais próximas o casal e todos os envolvidos podem valorizar as potencialidades e não apenas as necessidades especiais das crianças.
    Muito bom saber que hoje a sua sobrinha é a alegria da família.
    Daniela, será escrito um artigo sim falando sobre as especificidades da gravidez e o câncer, espero que ajude a tirar suas dúvidas.
    A possibilidade de prematuridade provavelmente é para possibilitar a continuação de seu tratamento, é dessa maneira que o médico pode ajudar você e seu bebê.
    Continue acompanhando e logo a postagem que você pediu será adicionada.

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  6. Boa tarde!
    Fiz meu primeiro ultrassom morfológico com 11 semanas e 6 dias e o médico alertou para uma possível falta da mãozinha direita de minha bebê. Ficamos tristes com a notícia e gostaríamos de saber se existe algum lugar que eu possa pesquisar e me interar melhor sobre este assunto.
    Ele descreveu como antebraço aparentemente hipoplástico, mão direita não observada. Não encontro muita coisa na internet e minha médica só vai me passar em consulta em janeiro/2014 e não consigo esperar até lá sem entender um pouco do que aconteceu!
    Obrigada!
    Erika

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    1. Olá Erika,
      Desculpa a demora em responder.
      Erika, provavelmente já deve ter passado por consulta médica e tirado suas duvidas, dou sempre a sugestão de tirar essas duvidas sempre com médicos, quando acabamos pesquisando na internet as vezes aumenta a ansiedade, e isso acaba atrapalhando.

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