sexta-feira, 6 de maio de 2011

Especial Dia das Mães: Ser mãe é mesmo viver no Paraíso?

Você está grávida e todo mundo que te conhece começa a dizer que depois que o seu bebê nascer seus olhos vão brilhar, você vai sair da maternidade linda e saltitante e que de agora em diante o seu mundo será azul.
O bebê nasce, vocês começam um “namoro”, começam a se conhecer “cara a cara”, um aprende com o outro o jeito de estar no mundo lado a lado. Tem dias em que tudo está em paz: acordam ao mesmo tempo, têm necessidades parecidas (você quer dar de mamar naquele momento que ele também quer mamar!) e dá até a sensação que vocês dois se bastariam. Tudo parece perfeito!
Só que começam a aparecer aqueles dias que simplesmente você não entende o que acontece. O conto de fadas se foi! O bebê chora sem parar, e você não consegue identificar o significado daquele choro. Se sente cansada com a rotina que vem sendo estabelecida: acordar (ou nem conseguir dormir!), dar de mamar, dar banho, trocar fraldas, entre tantas outras missões que uma mãe tem. E ai vem à pergunta: “Será que vou dar conta?”.
E junto com esse questionamento surge até um sentimento de culpa lá fundo, “como assim eu, MÃE, estou pensando que não posso dar conta do meu próprio filho?”. Nós psicólogas acreditamos e diríamos para todas as mães que estão nos lendo: Fiquem tranquilas! Esses pensamentos passam pela cabeça de todas as mamães e papais em algum momento! Sabe por quê? Porque mãe e pai também são seres humanos, se cansam e têm sentimentos como qualquer um! E tudo bem em algum momento achar que não vai dar conta, são muitas as coisas que uma mãe precisa para suprir as necessidades de seus filhos, além de ter que lidar com suas próprias necessidades. Estamos falando de mães e não de super-mulheres! Estamos falando de mães reais que têm bebês e filhos reais (e são muito diferentes daqueles sonhados e/ou imaginados!)
Se adaptar ao que o bebê ou um filho já maior precisa está longe de ser uma tarefa simples. Até porque, o amor de uma mãe para um filho não aparece como um instinto, ou o famoso instinto materno, mas é um sentimento que é construído, um enamorar de ambos, e por isso, está à mercê de imperfeições, oscilações e muitas transformações!
Ter isso em mente é uma maneira de garantir a si mesmo, enquanto mãe, mulher e esposa, que você está dando o melhor que pode e que de alguma maneira está tentando facilitar o desenvolvimento do seu filho do jeito que é possível nesse momento. No meio do caminho, algumas coisas não vão sair como você esperava, mas tudo bem, isso vai fazer parte da sua experiência e de seu amadurecimento enquanto mãe e pessoa, sendo esses desvios muito importantes também para a construção da história da sua família, que é singular e única e não pode ser encontrada em nenhum manual de como educar e cuidar de crianças! É mais especial que isso!



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